Petróleo

O petróleo é nosso. A frase atribuída ao escritor Monteiro Lobato nunca foi tão verdadeira no Brasil quanto nos dias atuais. O País vive a expectativa de se tornar um dos principais produtores mundiais do óleo negro no futuro, graças a recentes descobertas da Petrobras em jazidas no litoral do Sudeste. A expansão promete abrir mais vagas no já demandado setor de petróleo e gás.

Um dos profissionais mais requisitados pelo mercado, atualmente, é o engenheiro de petróleo. Somente a Petrobras, entre 2000 e 2007, selecionou mais de um mil profissionais. "O engenheiro atua em toda a cadeia produtiva, desde a exploração até o refino", explica o coordenador do curso de engenharia de petróleo da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) Elvis Carissimi. Ele destaca que outras empresas do setor, como Ipiranga e Shell, também procuram por estes funcionários.

O termo engenharia de petróleo se refere à área da engenharia que se preocupa com o desenvolvimento das acumulações de óleo e gás descobertas durante a fase de exploração de um campo petrolífero, com as atividades que vão desde a perfuração de poços até a processamento do petróleo.

De acordo com Carissimi, a engenharia de petróleo possui uma grande interface com praticamente todas as especializações das engenharias (Química, de Plásticos, Civil, Elétrica, Mecânica e Ambiental). O professor salienta que as mulheres têm se destacado na profissão. "Este paradigma de que o engenheiro deve ser um homem é errado. Já existem diversas engenheiras de petróleo formadas", explica Carissimi.

Mercado - O profissional pode trabalhar em companhias que atuem nas áreas de exploração, produção e transporte de petróleo e gás natural, refinarias de petróleo, unidades de processamento de gás natural, empresas de engenharia, órgãos governamentais relacionados à indústria do petróleo, bem como em instituições de pesquisa e ensino. Os salários variam, conforme o estabelecido pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) de cada Estado. No mais recente concurso da Petrobras, a remuneração de um engenheiro de petróleo júnior alcançou R$ 4.700.

É pra você? - Os engenheiros de petróleo devem ter um bom senso de análise crítica. Também é necessário gostar de novas tecnologias e ser capaz de entender o funcionamento das mesmas. A natureza da profissão, em si, impõe desafios, como trabalhar em plataformas de petróleo, em alto-mar, na extração e perfuração de poços de petróleo. Esta postura pode exigir afastamento da família ou dos amigos. O profissional também se preocupa com a segurança da equipe que realiza o trabalho nas plataformas. Como o engenheiro elabora levantamentos e projetos, é fundamental gostar de cálculos matemáticos, química, administração financeira e controles de qualidade.

O que vem por aí - Em um momento em que se discute novas matrizes energéticas, como os biocombustíveis, os engenheiros de petróleo começam a agregar conceitos de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Olhando para o futuro, o mercado já está buscando profissionais capacitados na gestão ambiental da produção de petróleo e gás.

Diferencial - Os estágios em empresas da área são incentivados, como forma de auxiliar o futuro engenheiro a conhecer o mercado de atuação. A pesquisa científica é uma das maneiras de se destacar. O futuro engenheiro vai lidar com novidades, seja auxiliando na descoberta de poços ou na elaboração de produtos da cadeia petroquímica. Quem ficar atento às novidades do setor tem mais chances de encontrar colocação profissional após a formação.

Fonte: Redação Terra